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Hoje, é o…”venha a nós o vosso reino"!

 

                   Olhamos para dentro de nós e vemo-nos vazios, aturdidos, cheios de ansiedade para confessarmos as nossas ocorrências aos nossos amigos, aquilo que nos “enche” a alma. Trocamos palavras, sorrimos, lembramo-nos, raramente, daqueles que já partiram, apelamos, barafustamos e acabamos por não dizer nada. É sempre assim. Falamos, falamos, mas fica sempre qualquer coisa por contar, principalmente aqueles factos que mais gostaríamos de dar a conhecer. Disfarçamos as mazelas da nossa vida, por detrás da nossa equipa de futebol. As palavras de solidão, são palavras que tantas vezes se escondem por baixo da trivial comédia da vida; são palavras que batem no fundo de nós…e por lá ficam depositadas, ocultas, sem nunca as ninguém divulgar. Morrem connosco, infelizmente!
                   A sociedade que estamos a construir está enferma, e um dos sintomas dessa enfermidade é que é raro ela premiar quem mais precisa. E perguntamos: quem somos? Somos todos “meninos” que entram eufóricos no teatro do tempo e que se silenciam no palco de um túmulo sem saberem quase nada dos mistérios que cercam a existência!
                   “Outros tempos, outra gente”, dizem. Será uma justificação, para toda a gente andar a correr? Andar com pressa para envelhecer, p’ra morrer? É que não temos tempo para nada! Estas sociedades modernas de hoje, estão a tornar-se uma verdadeira e perigosa “bomba” que precisa, urgentemente, de ser desarmada. Ninguém vê nesta sociedade, saturada de hierarquias, a “democracia da emoção”. Só se vislumbra um egoísmo medonho, uma agiotagem colorida de inveja e de posse..."eu posso mando e quero"! Os mais pobres terão sempre menos acesso à indústria do entretenimento e, portanto, em tese, a menos prazer. A democracia, como vocês sabem, é, ou deveria ser, o governo do povo por meio dos seus representantes, embora muitos a usem como manto para encobrir o seu autoritarismo e muitas regalias. A “democracia da emoção” é a mais ampla e mais justa do que a política. Mas, tudo isso são palavras, “palavras levas ao vento”! Nos dias de hoje, o prazer, tornou-se um produto de luxo, ao qual os pobres não têm acesso. Hoje é o…”venha a nós o vosso Reino”!
                   E pronto! Já chega de tanta conversa, que os digníssimos Leitores do Diário de Coimbra, não têm tempo, para perder tempo comigo. A vida acontece nos parcos limites de um “ser-falante-ser” que ao falar se fala pela palavra, que ao falar se esconde em cada palavra que o mostra…traição dos deuses, traição da palavra…a vida acontece entre a palavra que agrilhoa e a palavra que liberta!”…Mais do que isto é Jesus Cristo, que não sabia nada de finanças, nem consta que tivesse biblioteca”, e foi um Ilustre Mestre dos Mestres!

 

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